EDUCAÇÃO EM FOCO

2ª Feira de Ciências em Tocantínia alerta sobre as mudanças climáticas

Para o coordenador da Feira de Ciências, o biólogo e pesquisador Samuel Marques, esse evento desperta o que temos de melhor em nossos alunos e professores para o desenvolvimento de práticas educativas de valorização da ciência, influenciando diretamente no combate às ações que causam o descontrole do clima.

07/06/2024 20h07
Por: Redação
Fonte: Zacarias Martins

Nesta sexta-feira, 7 de junho,  foi realizada no auditório da Escola Municipal de Educação Integral (EMEI), Tereza Hilário Ribeiro  a  segunda edição da Feira de Ciências da Rede Municipal de Educação em Tocantínia. 

A iniciativa integra um leque de ações que fazem parte do Projeto Ciência Viva, um projeto da Secretaria Municipal de Educação (Semed),  que tem como objetivo a valorização e ampliação dos conhecimentos acerca da ciência,  bem como suscitar a formação de novos cientistas entre os alunos. 

Na edição deste ano, a   Feira de Ciências trouxe como temática “A relação do povo indígena Akwe Xerente com o meio ambiente e os impactos das mudanças climáticas”.  

Diversos integrantes da comunidade e autoridades participaram da Feira de Ciências. tais como,  o secretário de Esportes,  Adalto Pereira, o secretário do Meio Ambiente, Raul Rodrigues, além da coordenadora do CRAS, Eliane Dantas e  a Assessora de Municípios e articuladora do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada  Letícia Apoliana da SRE de Miracema do Tocantins.  

Na abertura do evento,  ocorreram várias apresentações culturais como o grupo de Dança da Escola Municipal Antônio Benvindo da Luz, o coordenador pedagógico Thiago Xerente,  com cânticos indígenas Akwe e a participação especial da aluna convidada do Cefya Frei Antônio,  Sofia Vieira,  que interpretou a música “Terra, planeta Água”,  de Guilherme Arantes. 

A cerimônia de abertura contou ainda com a palestra da professora Mestre Eneida Brupahi Xerente, que discorreu sobre a temática do evento “ O povo indígena tem como parâmetro para sua vida a natureza, os morros, as árvores, os córregos e não parâmetros que destroem a vida como vemos por aí”.

Exposição

As seis escolas da Rede Municipal de Educação participaram da Feira de Ciências e fizeram exposição de pesquisas e experimentos científicos que são resultados do processo de ensino e aprendizagem desenvolvido durante as aulas do primeiro semestre.  

Os alunos da  EMEI Tereza Hilário Ribeiro apresentaram a experiência dos brinquedos sustentáveis, onde, na oportunidade,  mais de 100 brinquedos heurísticos,  confeccionados a partir de materiais recicláveis foram expostos pelos alunos de Educação Infantil que são utilizados nas brincadeiras infantis.  

A EMEI Indígena Simsãri apresentou as sementes do cerrado utilizadas  na confecção de  colares e brinquedos infantis indígenas. Já a  Escola Municipal Professor Constantino,  apresentou o projeto de pesquisa Raízes Verdes,  onde os alunos pesquisaram mais de 38 plantas do cerrado,  desde as raízes, folhas, frutos e sementes,  com o objetivo de compreender como melhoram a qualidade de vida e como podem ser melhor preservadas,   sobretudo, as que correm risco de extinção. 

Mais pesquisas

A Escola Municipal Ana Alves de Brito apresentou pesquisa sobre os animais da área rural e indígena de Tocantínia que estão em extinção e como contribuem para manter o ecossistema local intacto.

 A Escola Municipal Benvindo Sousa Luz trouxe apresentação de pesquisa abordando a devastação ocorrida na região da Mata Grande e que faz limite com a comunidade do Assentamento Água Fria. Enquanto isso, a Escola Municipal Antônio Benvindo da Luz abordou sobre a agressão das queimadas criminosas no território indígena,  bem como, o trabalho dos Brigadistas do Prevfogo que combatem esse tipo de crime ambiental. A escola produziu ainda paródias que foram apresentadas pelos alunos do primeiro ano. 

Participação especial

Participaram ainda das exposições,  os acadêmicos da Universidade da Maturidade que apresentaram plantas medicinais que são usadas como chás e outros preparados da cultura indígena Akwe que estão em extinção dadas às mudanças climáticas. 

Para o coordenador da Feira de Ciências, o biólogo e pesquisador Samuel Marques, esse evento desperta o que temos de melhor em nossos alunos e professores para o desenvolvimento de práticas educativas de valorização da ciência, influenciando diretamente no combate às ações que causam o descontrole do clima.

Um alerta

Já o secretário de Educação, professor André Goveia, ressaltou que a realização da Feira de Ciências é mais do que a sistematização e apresentação de pesquisas realizadas pelos alunos com a orientação dos professores. 

“Essa ação, é, sobretudo, um chamamento e um alerta para que a sociedade possa empreender esforços urgentes com mais ações e menos discursos que venham incidir no respeito e na preservação do meio ambiente principalmente as que causam desastres climáticos”, frisou Goveia.

 
 
 
 
 
 


 
 
 
 
 
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