O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), foi preso na manhã desta sexta-feira (27), durante nova fase da Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia Federal. Além dele, também foram detidos um advogado e um policial civil. As prisões preventivas foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que conduz o inquérito sobre o suposto vazamento de decisões judiciais sigilosas do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo a Polícia Federal, a operação tem como objetivo aprofundar as investigações sobre uma organização criminosa que seria responsável por repassar de forma sistemática informações sigilosas, interferindo diretamente em operações da corporação.
Eduardo Siqueira Campos já havia sido alvo de buscas em maio deste ano, na 9ª fase da mesma operação. Na ocasião, a PF solicitou seu afastamento do cargo, mas o pedido foi negado. Ele é investigado por supostamente ter repassado informações confidenciais ao advogado Thiago Marcos Barbosa, que é sobrinho do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos).
Além das prisões, a nova fase da operação cumpriu três mandados de busca e apreensão e impôs medidas cautelares diversas, também determinadas pelo STF.
As investigações apontam que o grupo teria acesso antecipado a informações confidenciais, que eram articuladas e repassadas a investigados com o envolvimento de agentes públicos, advogados e operadores externos. A suspeita é de que esses dados tenham sido usados para proteger aliados políticos, frustrar ações da Polícia Federal e fortalecer redes de influência.
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